Pesquisadores apontam que uma terceira onda de Covid-19 já começa surtir efeitos em todo Brasil

A taxa de transmissão (Rt) do novo coronavírus ultrapassou o pico da pandemia no Brasil, iniciando a terceira onda no país, afirmam especialistas, isso porque o  Rt no Brasil atingiu ontem a marca de 1,53, contra um índice de 1,29 em 16 e 17 de março do ano passado, momento crítico da segunda onda de uma segunda onda.

Os pesquisadores consideram que essa taxa precisa ficar abaixo de 1 para que a pandemia esteja controlada. Quando ela chega a 1, cada pessoa pode contaminar uma outra. Se for maior do que isso, cada doente poderá transmitir o coronavírus para mais de uma pessoa.

Em 2021, o Rt permaneceu acima de 1 durante todo o mês de janeiro, depois caiu e ficou abaixo disso até 23 de fevereiro, quando voltou a ultrapassar esse teto e atingir o pico da segunda onda em 16 e 17 de março, quando marcou 1,29.

Esse patamar só voltou a ficar abaixo de 1 em 18 de abril, superando a marca constantemente até meados do ano, quando, finalmente, baixou a 0,62 no dia 16 de julho, quando  pandemia parecia controlada, mas foi quando, em dezembro, a variante ômicron desembarcou oficialmente no Brasil. Desde então, a taxa de transmissão não parou de subir, voltando a romper o teto de 1 em 26 de dezembro.

No dia 7 de janeiro, o Rt ultrapassou a barreira em todas as regiões do Brasil. No dia 9, a taxa nacional chegou a 1,31 —ultrapassando o pico da pandemia, em março passado— e agora bate em 1,53.

Um professor da Santa Casa explica que, além de mais transmissível, a ômicron "tem a capacidade de driblar nosso sistema imune". "Vacinados e infectados com versões anteriores do vírus não demonstram resposta imune capaz de impedir reinfecção", diz o médico, que ressalva: "Isso não deve ser confundido como perda de importância da vacina, ao contrário: vacinados têm evolução clínica melhor do que os não imunizados", 

 

Nenhum comentário

Seu Portal de Noticias.

Tecnologia do Blogger.