Após ser covardemente espacando pela sua opção sexual, influenciador digital posta fotos da agressão e chama a atenção das autoridades de Arcoverde

Em Arcoverde no sertão do estado, na madrugada do último domingo,06 de Fevereiro, enquanto voltava de uma festa, um jovem foi brutalmente espancado por indivíduos que não tiveram seus nomes divulgados cuja motivação da violência, segundo a vítima foi homofobia.

A vítima, o influenciador Felix Limonge, após sofrer as agressões, na esperança do crime de homofobia não passar impune, e que outras pessoas não sejam agredidas pela sua opção sexual usou suas redes sociais para postar suas fotos com as marcas deixadas pela intolerância dos agressores que em pleno século XXI não aprenderam a respeitar o direito da liberdade de alguém ser ´que quiser ser.

Transtornados com o tamanho da violência que o influenciador sofreu, autoridades públicas do município saíram em defesa da vítima e usaram suas redes sociais para repudiar o ato de violência contra Felix Limonge.

Começando pelo prefeito do município, Welington Maciel fez o seguinte comentário:( Estou solidário ao amigo Anderson Félix, que recentemente foi vítima em Arcoverde de ato de violência física por ser homossexual. 

A nossa Gestão Municipal está promovendo todo o suporte necessário para Anderson, neste difícil momento. Ressalto que repudiamos veementemente atos desta natureza, onde a homofobia é a motivação principal para práticas de agressões físicas e violências psicológicas, o que pode ser enquadrado como crime de racismo. Respeitar a orientação sexual de cada um é um dever de todos nós!)

Por sua vez, a vereadora eleita pelo PTB,  Zirleide Monteiro disse que; (Os crimes praticados contra LGBT, conhecidos como crimes homofóbicos, pertencem à categoria dos crimes de ódio. São atos ilícitos ou tentativos de tais atos que incluem insultos, danos morais e materiais, agressão física, às vezes chegando ao assassinato, praticados em razão da raça, sexo, religião, orientação sexual, identidade de gênero ou etnia da vítima.

Infelizmente Arcoverde não está fora dessa realidade. Na última madrugada o jovem Anderson Félix foi covardemente agredido, espancado por ser do grupo LGBTQIA+ e seguir uma orientação sexual dos que se acham normais, quando, na realidade, são piores que animais. Nosso desagravo a violência contra Anderson e a toda e qualquer pessoa que pense, aja ou tenha orientação sexual diferente. Ao mesmo tempo, nos solidarizamos com Anderson, sua família, amigos e todos aqueles que diariamente são vítimas do preconceito, da violência física, homofóbica, que tanto mal faz a nossa sociedade.

O Brasil ocupa o 1º lugar nas Américas em quantidade de homicídios de pessoas LGBTQIA+ e não podemos aceitar que nossa cidade amplie essa estatística. Justiça já e punição para os culpados de tal crime.

Por sua vez, o partido dos trabalhares de Arcoverde, através do seu diretório municipal se pronunciou da seguinte forma: (Esperamos que os órgãos competentes investiguem e punam dentro da Lei, os responsáveis por este ato violento e cruel contra o jovem Félix.

 Apesar do longo caminho que ainda precisa ser trilhado, é inegável que a partir dos governos do PT, com Lula e Dilma no planalto, os avanços foram significativos para a população LGBTQIAP+. Escutando as demandas do movimento, políticas foram implementadas não apenas no âmbito federal, como também nos estados e municípios.

 Com o golpe que tirou do poder a presidenta legitimamente eleita Dilma Rousseff, muitos retrocessos se impuseram sobre essas populações. Entre os quais, a retirada da base curricular de ensino sobre orientação sexual e identidade gênero, o aumento da violência contra a população LGBTQIAP+, a falta de investimento financeiro para aplicação de políticas públicas e o avanço do conservadorismo, intensificado pelo governo do genocida Bolsonaro.

 Compreendemos que a violência sofrida se caracteriza como uma agressão à todo o Movimento LGBTQIAP+ de Arcoverde, com total característica HOMOFÓBICA. Se faz necessária uma ação eficiente por parte das autoridades para garantir que a cidadania e o respeito às diferenças seja pleno.

 Violência desse nível contra a comunidade LGBTQIAP+ nasce não do acaso, mas do forte sentimento de desprezo que parte da sociedade nutre por essa comunidade que, vistos como desiguais e inferiores, os tornam alvos frequentes daqueles/as que se sentem superiores. Entendemos que é através da construção de um projeto de educação não heterossexista, não racista, laica e que lute pelo fim do fundamentalismo religioso que esta sociedade será modificada. 

Foto: Redes Sociais.